5 de março de 2010

A idade da Ameixa----Muito Bom----

  • "O tempo presente e o tempo passado
  • Estão ambos talvez presentes no tempo futuro,
  • E o tempo futuro contido no tempo passado.
  • Se todo o tempo é eternamente presente
  • Todo o tempo é irredimível.
  • O que podia ter sido é uma abstração
  • Permanecendo possibilidade perpétua
  • Apenas num mundo de especulação.
  • O que podia ter sido e o que foi
  • Tendem para um só fim, que é sempre presente.
  • Ecoam passos na memória
  • Ao longo do corredor que não seguimos
  • Em direção à porta que nunca abrimos..." 
  •   
  •  Com diálogos poéticos e citações com pitadas de humor, a Idade da Ameixa revela a personalidade de nove mulheres de gerações distintas. Um pé de ameixa na casa onde a avó produz um vinho feito da fruta, acaba se transformando no elemento central para as definições da vida delas: a morte se relaciona com as ameixas apodrecidas e a juventude com as maduras, que aos poucos perdem a sua forma perfeita. "Que idade deve ter uma ameixa para ser vinho ou vinagre?" O texto inicial é narrado pelo diretor Guilherme Leme. O cenário, criado pelo conceituado artista plástico Fernando Velloso, foi feito de madeira de construção e é cercado por um espelho d`água. O figurino foi trabalhado em tecidos rústicos por Teresa Bruzzi e Alexandre Rousset. Pedro Pederneiras, do Grupo Corpo, assina a iluminação. Orlando Orube, assistente de direção, traduziu o texto de Arístides Vargas. O músico mineiro Ladstom do Nascimento criou a trilha sonora original, que passeia entre a música latina e a regional brasileira. A preparação corporal foi elaborada por Dudude Herrmann e Heloisa Domingues. A Idade da Ameixa é um espetáculo intimista, para um público que deseja ser surpreendido com um texto que traz uma discussão poética sobre o tempo.

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